A Vela Enquanto uma vela se apaga, se acende um sentimento.
Acende-se um fogo dentro do peito, no coração, na alma.
Acende-se uma esperança, uma paixão, um amor.
Acende-se a luz que ilumina o caminho escuro.
Caminho que leva a dois caminhos.
Dois caminhos que levam a várias opções.
Opções que podem salvar e curar, multiplicar e desfrutar.
Sorrir e brincar, amar, amar, amar e amar.
Opções que podem perder e ferir, cegar e ensurdecer,
Chorar e arrepender-se, matar, matar, matar e morrer.
Enquanto a vela derrete, se firma um tratado.
Se ganha um amado, se atende um chamado.
Vela-se um corpo, se vai um morto.
Vê-se lá, se vê ali.
Desforma a vela, descai a chama.
Desce-se ao chão, sobe-se ao alto, desforra a cama.
Aceita a bela, se sobe à sela, a Brasília amarela.
A vela derrete, mas não derrete a vida, a vela derrete sem ser percebida.
Fortifica-se o fraco e enfraquece o forte.
Tem-se sorte, levanta um poste.
Enquanto ela derrete e se acaba, um homem morre e vive, vence a morte.
Não sou vela, nem fogo.
Apenas vivo no jogo, eu jogo o jogo.
Um jogo de palavras, um jogo de atitudes.
Um jogo de fracassos, um jogo de virtudes.
Não quero ser a vela, mas a vela sois vós.
A vela é a vida de cada um de nós.
Comentários
Postar um comentário